Série: Mexendo nas bases (Parte 1)

Você conhece um jogo chamado Jenga? Jenga é jogado com 54 blocos de madeira. Os blocos são empilhados em uma torre, cujos andares são compostos de três blocos adjacentes pelos seus lados mais longos; cada um dos dezoito andares é perpendicular ao anterior. Uma vez que a torre tenha sido construída, o construtor deve iniciar o jogo. Uma jogada consiste em retirar um e apenas um bloco de qualquer andar que não esteja logo abaixo do andar incompleto mais alto. O bloco retirado deve ser posto no topo da torre, de modo que os blocos formem novos andares. Em Jenga, os jogadores se revezam para remover blocos de uma torre, equilibrando-os em cima, criando uma estrutura cada vez maior e mais instável à medida que o jogo progride. O jogo termina quando uma peça cai da torre, com exceção da peça que se está sendo removida. O perdedor é a pessoa que derrubou a torre (ou seja, cujo turno foi aquele em que a torre caiu).

Chamo de "Metodologia Jenga" a forma que uso para criar meus argumentos e melhorá-los. Também uso da mesma estratégia para contra-argumentar alguém ou até mesmo para ajudar outra pessoa a melhorar seus argumentos. Pensar em algo e depois tentar desconstruí-lo tirando peça por peça para ver até onde ele suporta é bastante prazeroso e terapêutico para mim. Além disso, ao mexer com a estrutura de um pensamento você tem outras possibilidades de encaixar novas ideias onde você alterou algo. É tudo uma questão de encaixe, calma e loucura! Mas o que me deixa mais fascinado, tanto no Jenga quanto na Metodologia Jenga, é a ideia de sempre cuidar das bases para que não seja comprometida toda a estrutura construída. 

Assim como no Jenga, muitas vezes nós preferimos remodelar a estrutura reencaixando pedaços, tirando de um lugar para preencher outro, repondo os espaços vazios, etc., fazemos todo tipo de esforço para evitar que tenhamos de reconstruir do zero uma nova torre. Vale tudo, menos deixar a torre cair nos levando a observar o jogo por uma nova perspectiva tentando reconstruir a torre e voltar a jogar de uma forma mais cuidadosa e com mais experiência.

É assim que basearemos essa série "Mexendo nas bases" (dividida em 4 posts). Utilizarei alguns argumentos do Nietzsche sobre o cristianismo. Ele argumenta contra coisas que constroem a base do Cristianismo do tipo: Salvação, Pecado, Sacerdote, Deus, Graça, Escrituras, etc. Essa série é apenas para os corajosos que se aventuram por caminhos turbulentos e difíceis. Mas quem tem costume de andar assim, sabe o quanto é prazeroso no final.


O propósito dessa série é analisar o que é a base da nossa crença. São conceitos impostos por outros ou é o relacionamento entre Mim e Deus? O que sustenta minha fé é o que Paulo disse? É o que a bíblia fala? É a promessa de um Céu? Ou é o meu relacionamento com Deus independente disso? 


Estranho? Não. Desafiador!




Clique aqui para ver a segunda parte da série.





0 comentários:

Postar um comentário