Furos no céu

E se as estrelas fossem pequenos furos no céu?

O céu seria uma grande peneira! Será que a água da chuva escorre por esses furinhos?

Apóstolo que João teria escrito isso no evangelho se não estivesse tão encantado com as belezuras que viu lá em cima.

Olhou tanto pra cima que se esqueceu de olhar nos buraquinhos que pisava. De onde vem a água que escorre por eles? Será que vem do tal rio da vida? Por que rio da vida? Tá vivo? Será que ele corre igual aos que temos aqui em baixo? Será que a água dele conversa com as pedras quando passa por elas? Por que rio da vida? Da vida de quem? Dá vida pra quem? Eu rio da vida pra viver feliz!

Eu queria ver essa água dançar. Dançar a dança da corredeira na correria da correnteza. Queria ver quando ela chega no fim do escorregador molhado e pula do penhasco pra nos mostrar seu véu de noiva. E depois ela segue. E pra onde vai? Ela vai se casar com o mar. Ah, Seu Omar! Grande homem! Ele vai se unir com sua esposa e ambos serão um só. Ele tão salgado, ela tão doce.

Uma vez me disseram que os opostos se atraem. Outra vez, que os opostos se distraem. Na verdade, os opostos dispostos se atraem até se atarem no matrimônio. E serão iguais à água dançante e o mar, seu Omar!
Nesse casamento eu não vi o padre, nem o pastor, nem o juiz. A noiva caiu do céu e pulou do penhasco. São bons motivos pra eles não irem. Mas e o juiz? Ah, lembrei! Hoje é domingo. E já se passou das quatro da tarde.

O casamento durou a noite toda. Será que alguém olhou pelos furinhos lá de cima? O casamento durou a noite toda. A água dançante uniu-se com o mar, seu Omar. E pela manhã nasceu o sol. Ele já nasceu com febre. Às vezes tem o temperamento da mãe, às vezes, o temperamento do pai. Mas sua temperatura sempre é alta.

Às vezes nunca sei se "as vezes" leva crase. Às vezes nunca sei em que ponto acaba a frase. Os engenheiros dessa praia não me ensinaram.

E lá se vai o sol. Ele tá subindo, indo pra longe dos pais. Pra onde ele vai? Será que um dia ele volta? Ele quer conhecer o lugar de onde a mãe dele caiu. Mas os buraquinhos sumiram. Será que alguém os carregou em alguma sacola? O sol vai correr todo o céu, o dia todo procurando, até um dia, de dia, encontrar. Ele está no meio do caminho, mas não encontrou nada. Está muito alto, longe de casa e a febre parece estar pior. 

É melhor continuar a jornada. No fim do dia o filho pródigo voltou pra casa, pra junto dos pais, pela porta dos fundos. Sua mãe não o deixa sair a noite. Mas no outro dia ele vai poder sair pra procurar os buraquinhos do céu, isso vai acontecer até ele encontrá-los.

Pra acabar essa história só precisa mesmo de um ponto final.




Eliab Alves Pereira


O morcego e a teologia do medo

A arma mais eficiente de Batman não está guardada no seu uniforme, nem no seu carro, nem na caverna onde aprimora suas técnicas de luta. Também não é de outro planeta, como presente de um alienígena, nem foi desenvolvida nas modernas indústrias de Bruce Wayne. Veio com muito estudo e sem essa arma Batman não seria o mito que conhecemos.
Ela é tão eficiente que compensa a falta de capacidades extra-humanas. Usada até contra os aliados do herói, é unanimidade entre os roteiristas das histórias do personagem. Basta qualquer um se aproximar do homem-morcego para sofrer os efeitos dela. A arma mais eficiente de Batman é o medo.
“Criminosos são supersticioso e covardes; então meu disfarce deve ser capaz de levar terror aos seus corações; eu devo me tornar uma criatura de noite, negra, terrível (…) Eu devo me tornar um morcergo”
Essa frase clássica do herói está na sua origem. É assim que Bruce Wayne justifica sua decisão pelo uniforme do homem-morcego. Movendo-se pela escuridão, com habilidade alcançada por um treinamento intenso, Batman surpreende os marginais. Quando os encontra, se ainda estiverem conscientes, não vão conseguir esconder nada. Nem dinheiro, nem drogas, nem a mais sigilosa informação. Não é preciso ser rápido, nem selvagem. Freqüentemente, o cavaleiro das trevas não diz nada. O medo invade o ambiente assim que sua presença é notada. Tem sido assim desde que ele começou sua jornada, como está registrado na história “Ano Um”:
“O uniforme funciona melhor do que eu esperava; eles ficam estarrecidos e me dão todo o tempo do mundo”
Parece que Batman fez escola, no cristianismo. Usar essa mesma arma também é uma habilidade que alguns líderes religiosos vêm desenvolvendo, à altura do herói dos quadrinhos. Do alto dos púlpitos, ou no interior de suas células familiares, plantam o medo no coração dos cristãos. Encontram terreno fértil, assim como Batman, nos corações supersticiosos, que se movem longe das leis – da lei de Deus e da lei dos homens – e nas mentes pouco informadas. Ao contrário do herói, à luz do dia, sem vergonha alguma, pregam a barganha santa. É obedecer, cumprir, seguir, ofertar, cantar – para ganhar, crescer, alcançar, curar. Uma coisa tem sempre relação com a outra.
“Não recebeu a benção? Tome cuidado, examine sua vida! Tem aí um pecado não confessado!”
“Você continua caindo por causa do pecado? Vai brincando com Deus, um dia ele perde a paciência com você!”
“Deus está de olho em você, no que você está fazendo, e daí o que vai acontecer?”
“O diabo está ao seu redor, no seu trabalho, na sua casa, até aqui nossa igreja!”
“Não vem na igreja para ir ao cinema? Um dia Deus vai te cobrar isso!”

Tudo isso pode ser verdadeiro.
O temor de Deus aparece na Bíblia desde o Éden: “Respondeu-lhe o homem: ‘Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me’” (Gênesis 3:10).
Pelo Velho Testamento, o Senhor deixou claro que havia motivo para ser respeitado. Alguns, pela falta de temor, sofreram. É verdade, o povo tinha medo de Deus. Até que Ele resolveu mostrar de que forma gostaria de se relacionar conosco. E o professor, o Mestre, foi o próprio Filho. Porque ninguém sabe mais a respeito de um Pai, que o filho que conviveu com Ele desde o começo de tudo. E o que o Filho nos ensinou é que a nossa relação com Deus não deve ser orientada por medo. Temer ao Criador, como reconhecimento de sua grandeza e justiça, é um dever cristão. Porém viver como se a mão poderosa de Deus nos aguardasse atrás da porta, pronta a nos esmagar, e não houvesse solução alguma, é desprezar o sacrifício da cruz. O cristão tem que viver em santidade por amor a Deus, e não pelo medo de sua condenação.
Quando Jesus deu a vida por nós, colocando ao fim qualquer intermediação entre o ser humano e o Criador, também nos deu a chance de nos aproximarmos diariamente de uma fonte de perdão e amor. Se você já foi a uma piscina, em um clube, deve lembrar que em alguns lugares só é possível entrar na água depois de caminhar por um tanque raso, para os pés, ou passar por um ducha, para o corpo. É quando somos lavados da gordura e da sujeira, para que isso não contamine a piscina. Essa “teologia do medo” vive de pregar, enfaticamente, que nossos corpos vão sujar a água, e se esquece de defender o lavar maravilhoso que nos é oferecido para mergulharmos em profunidade na vida.
“No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor” (I João 4:18).
Temos que trocar o medo pelo amor. O medo tem relação com o castigo e a culpa. E a culpa, às vezes, esconde uma frustração pessoal de não se alcançar uma perfeição religiosa.
Será que o nosso Deus não sabe que jamais seremos perfeitos?
Será que nós não sabemos que é impossível alcançar um padrão de santidade, sem errar nunca?
Será que o medo nos faz esquecer da benção que é receber o perdão de Deus?
“Pastor, não consegui, eu pequei novamente”, disse a mulher, assim que entrou no gabinete. Trazia um rosto de medo e arrependimento, e aguardava uma repreensão. O pastor respondeu com amor: “Glória a Deus, porque você reconhece isso; e saiba que não vai ser última vez que caiu, e quantas vezes ainda precisar você vai poder contar com o amor de Deus para lhe perdoar, e dar uma segunda chance. Não tenha medo”.


Texto de: Deus no Gibi

Um afrodisíaco chamado santidade




Que o assunto mais falado entre os homens e, principalmente, entre os adolescentes é sexo, isso não é novidade pra ninguém, mas mesmo falando tanto do assunto, continua um mistério quando se fala em conquistar o sexo oposto. Os homens nunca entenderam direito as mulheres e percebo que o oposto acontece da mesma maneira.
Quando chegamos a puberdade, logo percebemos que o grande desafio dessa fase é: como conquistar alguém do sexo oposto? Sentimos uma forte necessidade de ser desejado pela mulher que nós escolhemos.
Partem para o ataque sem experiência nenhuma, pois os seus amigos estão na mesma situação e são muito orgulhosos ou tímidos para perguntar para as meninas ou para os mais velhos, quais são os caminhos.
Muitos agem igual o pavão, que arrepia suas penas mostrando o quão coloridas são. Meninos fazem isso com roupas, penteados e apetrechos, mas logo percebem que até são reparados por fazer isso, mas não atingem o objetivo de ser desejado.
Outros usam uma tática de camaleão, se camuflam e inventam coisas para tentar impressionar a garota, mas com o tempo são desmascarados e acabam caindo em descrédito, sendo isolados.
Mas o pior é quando dão ouvidos a maior besteira que já ouvi: as mulheres gostam de homens safados, que dão em cima de todas. Estes sofrem muito até perceber o quanto estão sozinhos e como será grande o caminho de volta.
O que nunca nos falaram é que o melhor afrodisíaco já inventado na conquista entre os jovens é a santidade. Isso mesmo que você leu!
No processo de paquera entre duas pessoas, várias coisas são importantes, como sinceridade, amizade, “beleza”, mas o que deixa uma pessoa encantada é quando ela vê que você tem princípios e que vai respeitá-la mesmo a desejando muito.
Com isso a mulher não resiste e se derrete na hora, pois é o que ela mais procura na vida, alguém separado com princípios e que a respeite.
Da mesma forma com as mulheres, vejo algumas achando que se transar, ou pior, engravidar do rapaz que gosta vai fazer ele desejar ficar com ela pra sempre. Isso não acontece, muito pelo contrário, só afastará mais ele.
O que atrai o homem e até o excita é ver uma mulher que se respeita e tem princípios, e que não negocia o que acreditar ser certo.
Não sei por que esconderam isso da gente, a formula planejada na matriz, que não tem efeitos colaterais e que nos ajuda na fase mais difícil de se aceitar e de conquistar.
Ser santo, além de agradar o Pai, é um ótimo afrodisíaco para conquistar quem você ama!

[Artigo escrito para o site sexxxchurch]


A posição Papai e Mamãe do sexo




Adolescentes, adolescentes! Ficávamos discutindo qual a melhor posição para se fazer sexo, éramos estimulados pelas nossas mentes férteis e por materiais não apropriados para a nossa idade a pensar em varias posições sexuais que nos dariam a possibilidade de ter muito prazer!
Mas hoje eu sei que nenhuma pode te dar mais prazer que a posição Papai e Mamãe! Não estou dizendo a posição em si, mas sim a postura de um pai e uma mãe, a postura de um casal que tem planos e compromissos. Vou explicar.
O proibido sempre foi usado como estímulo sexual para criar desejos e esquentar relacionamentos.
As histórias e os filmes pornograficos montam as fantasias com pessoas que estão fora do seu convívio, colocando que o maior prazer vai surgir de repente com alguém que você não conhece bem, com a secretária, a vizinha ou alguém que entrou na sua casa para prestar algum serviço banal.
Dizem que não podemos ter o MAIOR prazer com o que temos em casa, com a esposa, mas é proposto para nós que a melhor posição do prazer é o Papai e a Amante ou a Mamãe e o Outro.
Afinal de contas, o poeta já cantou: “Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça é ela menina que vem e que passa”. Deixando bem claro que a que já estava não é mais bela e nem tem mais graça.
Mas isso não é verdade e, é exatamente por isso que se chama fantasia.
Um posicionamento no Papai e Mamãe sugere um compromisso a longo prazo entre duas pessoas que querem estabelecer uma família, algo para a vida.
O sexo já é um prazer enorme, mas se acrescentar o prazer do compromisso, a entrega é por inteira e não vai haver limites para o prazer! O orgasmo será apenas a porta de entrada para a alegria de estarem juntos gozando a comunhão de alguém que te quer por inteiro(a).
O que os adolescentes precisam saber é que, na verdade, não importa muito a posição sexual, se for Papai e Mamãe, de 4 ou até Canguru Perneta não é o que vai aumentar e perpetuar o prazer, e sim um compromisso duradouro com a pessoa com quem se tem a relação. Um compromisso de confiança, de vida, de família, que eu estou chamando de posicionamento Papai e Mamãe!

Nunca ninguém voltou pra contar

Uma das maiores dúvidas da humanidade é a relação que existe entre a questão: VIDA e MORTE.Isso é semelhante a uma discussão de dois fetos no ventre da mãe, onde apesar de todo o ambiente gostoso e seguro, proporcionado pelo conforto da placenta e o sustento do líquido amniótico, existe a dúvida: Será que existe vida após o parto? E a conclusão é incerta, pois: Nunca ninguém voltou para contar!
Quando eles nascem é possível compreender, realmente, que existe vida após o parto! Os fetos se desenvolvem, tornam-se bebês, depois transformam-se em crianças, aprendem a se comunicar, tornam-se jovens, experimentam todas as sensações e dissabores da vida, viram adultos e aprendem a ter responsabilidades e conviver com seus medos e limitações até o momento que chega a velhice. Então, nessa fase seus valores e conceitos começam a ser questionados novamente. Mesmo com toda a segurança que possuem a antiga discussão vem à tona: Será que existe vida após a morte? A conclusão continua incerta, pois: Nunca ninguém voltou para contar!
A dúvida dos fetos era se existia vida após o parto. E tinha!
A dúvida dos homens é se existe vida após a morte?
E aí? Vai pagar com a vida pra ver?
Ele disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim ainda que morra viverá”! João 11:25.
Após a morte Ele voltou pra contar!


[texto produzido por Calebe Ribeiro e Marco Vinício MV]

Não existem estrelas para abraços


Quando o assunto é o processo de avaliação no mundo corporativo, a discussão é grande e os métodos são diversos. Se é complicado assim nas empresas, imagine para as igrejas. Muitos são os valores para saber se um ministério foi bem sucedido ou não. Isso piora ainda mais quando se trata da criação de filhos.
Lembro quando tinha uns 9 anos de idade, meus pais leram uns livros gringos sobre educação de filhos, que ensinava como avaliar diariamente o comportamento de cada filho.

Eles fizeram , em uma grande cartolina, uma tabela que listava todas as tarefas que a gente precisava fazer durante o dia e, cada final de noite, eu e meus dois irmãos íamos para o escritório dos meus pais e fazíamos um check list, colando uma estrela dourada em cada item que foi cumprido no dia.
Tinha que escovar os dentes 3 vezes, estudar por 1 hora, treinar violão, não deixar roupa no chão do quarto e aí por diante.
Depois de duas semanas meus pais começaram a ver que não estava dando muito certo este tipo de avaliação, pelo menos comigo. Pois a cada dia meus irmãos ganhavam estrelas e eu raramente ganhava uma.
Pra piorar, quando um dos filhos fazia uma grande malcriação ganhava uma bolinha negra.
Lembro do desânimo que eu tinha de entrar naquela sala todas as noites, pois sabia que na maioria daqueles itens eu fracassava.
Quando meus pais viram que os meus irmãos usavam o fato de ter mais estrelas para me provocar em nossas brigas eles pararam com essa avaliação.

Hoje eu e meus irmãos damos boas risadas em volta da mesa, ao lembrar desse e de outros episódios, apesar da minha mãe não gostar de lembrarmos disso.
Onde estava o erro desse método de avaliação? Estava em não existirem estrelas para abraços!
Pois é, teria resolvido o problema se tivessem estrelas para quem dava abraços, para quem elogia, senta e ouve uma boa história, ou até para quem conta uma boa história do que viveu no dia.
Não podemos avaliar igrejas, ministérios e muito menos pessoas, simplesmente por tarefas práticas executadas. Isso nem é mais aceito no mundo corporativo, quanto menos no reino de Deus.

Não acho que tarefa cumprida não deva ser cobrada, ou que a rebeldia não deva ser disciplinada, mas não podemos mais deixar escondidos os atos relacionais como elogios, abraços e pessoas que ouvem.
O método de resultado apenas, não iria funcionar no ministério de Jesus, pois a cruz aparentemente não deu resultado imediato, ninguém foi com ele até ela naquela tarde, ele acabou sozinho. Mas mesmo sendo avaliado como um fracasso pelos homens a cruz é a maior prova de amor, deu sentido as pessoas que foram curadas e restauradas com seu toque, suas palavras e sua atenção, para isso não teriam estrelas suficientes para colar.


Texto de Marcos Botelho


Agora sou ateu. Graças a Deus!!!

Ontem (21/08/2011) eu tive uma conversa no msn com uma garota [vamos usar o pseudônimo (Maria)], depois de uns 20 minutos conversando, ela me disse que não esperava aquela conversa, no sentido de atração e duração. Ela disse que pensava que eu era besta, orgulhoso, egocentrico, etc... Pensou que quando veio falar comigo, eu iria deixá-la de lado ou tratá-la mal. Eu perguntei porque ela pensou tudo isso. Ela disse que foi uma garota que tinha falado pra ela que eu era desse jeito [Digamos que o nome dessa outra garota é (Marcia)]. Depois de insistir muito, "Maria" me contou quem foi a garota. Quando ela tentou me fazer reconhecer quem era "Marcia" eu vi que não a conhecia e dai eu falei a "Maria":
-Eu não conheço essa garota. Ela provavelmente também não me conhece. Talvez isso que ela te falou é o que ela pensa sobre mim, mas isso não significa que eu sou assim. Ou alguém pode ter me apresentado dessa forma pra ela. Outra pessoa que me julga sem me conhecer.
"Maria" concordou.

Quando eu pensei em escrever esse post, lembrei que esse exemplo seria ótimo pra ilustrar minha ideia.

Marcia não gosta de mim, não tenta uma amizade comigo e ainda fala mal de mim por causa de alguma observação errada que ela fez, ou por causa de alguma pessoa que deu mal testemunho da minha personalidade. Por sua vez, Marcia, quando conversou com Maria, tentou logo previni-la do que poderia encontrar no "Monstro Eliab".

Agora vamos colocar mais uma pessoa na história: Rafael (esse não é pseudônimo) eu o escolhi porque acredito que somos amigos a tempo o suficiente pra ele reagir da forma que vou descrever aqui.

Digamos que Maria chegou pra Marcia e disse:
-Você conhece Eliab?
-Vishe!.
-O que foi?
-Cara, ele é muito orgulhoso, mal fala com as pessoas, ele se acha o maioral, etc.

Por confiar em Marcia, Maria vai acreditar nela e vai temer se aproximar de mim.

Mas vamos imaginar que Maria vai tentar tirar a dúvida com Rafael:
-Rafael, eu sei que você conhece Eliab há um tempo.
-Conheço sim, por que?
-É que eu estava pensando em conversar com ele, mas uma pessoa me falou que ele é muito chato, que não daria atenção pra mim.
Acredito que a resposta de Rafael seria:
-Ah! Desculpa, acho que estamos falando de pessoas diferentes!

Ele iria confundir a imagem que ela tem de mim. Mas em quem ela deveria confiar? Em alguém que fala de mim pelo que acha, ou em alguém que me conhece há muito tempo?

O que eu quero dizer é que, ela e Marcia acreditavam em um Eliab falso. Elas o olharam ou aprenderam algo errado sobre ele e logo o julgaram. Diferente de Rafael que por sua vez não acredita no Eliab que elas acreditam. Ele tem intimidade comigo e somos muito amigos, ele me conhece e sabe que não sou assim. Ele jamais iria acreditar nesse Eliab que foi desenhado por elas.

Deu pra entender?
Deus é do mesmo jeito! As pessoas fizeram algo parecido com Deus, só que ao invés de falar mal dEle, elas tentaram mostrar o que achavam que era melhor, só a parte que agrada a elas, e ai as pessoas quando "veem" Deus como realmente é, não acreditam nEle. Porque alguns inbecis passaram a imagem errada dEle. E infelizmente muita gente acreditou sem buscar saber se o que estavam aprendendo era verdade.

Se hoje alguém me perguntar:
-Você acredita em Deus?
Certamente minha resposta será:
-Depende! No Deus que grande parte dos cristãos criaram para satisfazer os gostos do mundo e os deles, não! Não acredito. Mas se você está falando do Deus da bíblia sagrada, esse sim. Acredito demais. Pra falar a verdade, não tenho fé suficiente para não acreditar nEle.

Eu acredito no Deus que é justo o suficiente pra permitir que as pessoas morram de forma brutal e sem explicação. Eu acredito no Deus que ama o que é bom e odeia o que é mau, que ama tanto uma raça que se entrega por ela, que promete uma vida de perseguição, sufoco e rejeição, mas que as pessoas que vivem dessa forma, vivem mais satisfeitos do que qualquer outra pessoa na face da terra e ninguém consegue explicar porque. Eu acredito no Deus que destruiu cidades e impérios para que Seu Nome fosse GLORIFICADO, nada mais. Não foi por pena, ou por achar que seria melhor daquele jeito, foi porque aquilo serviria para glorificar Seu Nome. Creio no Deus que se vinga; que mandou que seu povo matasse e destruisse nações e mesmo assim não deixou de ser Moral, Justo e Perfeito, eu acredito no Deus que permitiu que o seu inimigo destruisse a vida de Jó, e no fim das contas, Ele não trouxe uma palavra de conforto, o que Ele disse foi mais parecido com: "Quem é você pra questionar meu modo de governar o universo, Jó? Olhe pra você, você não consegue nem contemplar as coisas que eu fiz só com o poder da minha voz. Agora quer me ensinar como devo fazer meu trabalho?"

Esse Deus que a religião, ou melhor, a religiosidade tentou esconder, foi o Deus que eu encontrei na bíblia. E eu acredito mais na bíblia do que em todos vocês. Se a bíblia diz que Deus mata e joga no inferno todos que merecem. Eu não vou acreditar em você se você me disser que Ele ama essas pessoas.

As pessoas do mundo vão acreditar em quem parece ter mais intimidade com Deus. Da mesma forma que Maria acreditou em Rafael por ele ter mais intimidade comigo. Mas se NÓS demonstramos ter intimidade com Deus, mas na verdade não buscamos conhecê-lo e tudo que sabemos dEle é baseado em frases de camisa, trechos de música e jargão de pregador, nós iremos apresentar o Deus errado ao mundo.


Gente, DEUS É MUITO MAAAAAAAAAAAASSA! Não estraguem isso, por favor. Se você não entende porque Ele fez algo, ou você acha que foi errado, investigue! A própria bíblia vai explicar aquilo, não obrigatoriamente na mesma passagem, mas vai explicar. Eu sempre digo: Ser ateu é uma questão de preguiça de pesquisar. Deus é complexo demais pra qualquer mente que se satisfaz com qualquer resposta.

O Deus que te promete uma vida cheia de conforto, luxo, prazeres superficiais, mansões, muito dinheiro; um Deus que quer que você cumpra uma lista de regras pra em troca te salvar, um Deus que suporta a iniquidade e que os filhos dEle acham normal serem imperfeitos e que se você O desobedece não tem problema, afinal, ninguém é perfeito, o Deus que ama quem pratica a iniquidade, que impede algum acontecimento porque as pessoas não vão gostar, um Deus que não destrói, que não se vinga; o Deus que teve medo de chicotadas, cora de espinhos, pregos e madeiro, um Deus que só vai te aceitar quando você deixar de ser o que é, que antes de vir a Ele você tem de se limpar; o Deus que a "presença" dEle no culto causa bagunça; esse Deus que "usa" os filhos pra criticar a vida dos outros, pra dizer quem está certo e errado; Deus que promoveu as cruzadas; o Deus que depois de você entregar sua vida a Ele, sua vida continua com a mesma safadeza e mediocridade; cara, pra esse Deus eu sou ateu.

Abraço,
Eliab Alves Pereira

Minha especialidade é matar feridos

Nós somos o único exercito que mata os feridos de guerra com as nossas ideologias de que nossa igreja é sempre a melhor do que a do vizinho. Que nosso pastor é sempre o melhor do que o seu. De que nosso grupo de louvor é sempre o mais ungido do que daquela igrejinha. De que nos convertidos a mais tempos somos sempre mais santos sobre aqueles pecadores que acabaram de ser ganhos para Cristo. Somos sempre os melhores e somos os que não aceitam críticas porque somos superiores a elas.
Pegamos tudo o que Jesus falou e jogamos fora numa lata de esterco bem grande e preferimos escutar a voz do nosso ego. Pegamos vidas, histórias e tentamos zerar cada uma delas de acordo com a nossa vontade e não a vontade de Deus. Mostramos quem é Jesus e algumas pessoas recebem esse Jesus, alguns estavam mortos, doentes e Jesus começa a ser mostrado para essas pessoas, só que nós tentamos colocar o nosso plano na vida dessas pessoas.
Eu ainda me lembro quando eu escutei a história de um travesti que resolveu abandonar a prostituição e mudar de vida, começou a trabalhar em uma igreja e durante o dia carpia o quintal, quando um diácono iluminado por satan solta a frase que muda o destino daquele homem “pega na enxada que nem homem”. Voltou para a vida onde ele aprendeu a ser amado, porque naquele lugar onde ele deveria sentir o amor de Jesus através de seus discípulos ele não sentiu isso.
Como podemos ser um hospital curando feridos se estamos matando através de nós mesmo? Como podemos mostrar o amor de Jesus no mundo se uns tem vergonha de X igreja e outros sentem nojo da igreja do Sal? Somos de uma só igreja, enquanto essa única só igreja não se reunir e lutar para modificar o mundo nada vai realmente acontecer. Nada. Ser luz é escavar buracos nas trevas. E muitas vezes muitos cristãos estão mais nas trevas do que escavando buracos.
Quantas vezes vemos pessoas querendo tirar as outras da liderança, tirar pessoas do caminho, tirar pessoas de seu espaço, por não estar na visão, não compreender a natureza do seu ministério. Quantas vezes você já viu pessoas magoadas com isso, se sentindo a pior coisa do mundo? Estamos deixando de avançar, tirando toda as pessoas que não “estão na visão” da sua igreja ou ministério. Nosso papel não é mandar as pessoas embora, nos não somos uma rede de fastfood, isso aqui é o Reino de Deus, ser discípulo demanda tempo. Jesus andou durante 3 anos com os 12 e alguns mesmo assim não entenderam nada o que ele estava falando durante os 3 anos. Porque nós não seriamos pacientes como Jesus foi?
Nós estamos literalmente dentro de uma fortaleza. Estamos falando apenas com nós mesmo. Estamos ferindo a nós mesmo. Brian Mclaren mostra que 90% dos novos convertidos vieram de 40% de uma população “igrejada”, e menos de 10% são da maioria que nós desejamos, os “sem-igreja”. Estamos falando com nós mesmo. Estamos brigando com nós mesmo. Estamos ao invés de crescer, espalhando.
Você é o que você lê. Você é o que você vê. Você é o que você busca. O que você esta lendo, vendo ou buscando? Ser como homens que ferem seus feridos ou ser como Cristo que cura os seus feridos? Podemos resolver as questões de justiça sozinhos? Claro que não! Nossas igrejas precisam trabalhar unidas! Precisamos cooperar uns com os outros. Dave Gibbons
A maior parte das pessoas lê a Bíblia como se ela fosse um código moral revestido de autoridade sagrada, um conjunto de prescrições cuja estrita observância deveria nos assegurar uma existência isenta de culpa. Bela utopia, na verdade! Mas como a Bíblia não pode ser obediência em todos os seus detalhes, nasce um desespero, uma angústia neurótica de cometer algum sacrilégio, uma culpa que não encontra solução.
O sentido do Sermão do Monte não será o de uma receita para se libertar da culpa por uma conduta meritória. Muito pelo contrário. É a palavra que abala, que sacode, que convence de morte aquele que não perjurou; de adultério aquele que não o cometeu; de ódio aquele que vangloriou de amor, e de hipocrisia aquele que era conhecido por sua piedade. Como se vê, é totalmente o contrário de um código moral; pode-se muito mais compará-lo com um diálogo socrático sobre a impotência do homem em atender à virtude autêntica e assim se justificar por sua conduta impecável.


Jota Mossadihj
Fonte: Taty Tody / Brian Mclaren / Dave Gibbons / Seguir Jesus / Donald Miller

Essa tem sido minha oração diária...

Deus meu, Pai meu, Amor meu, Tudo, razão de tudo! Deus meu, Ar meu, Farol que eu preciso, Como eu preciso!! Eu preciso Te sentir todo dia! E olhar pra Tua luz pra não me perder! Meu Senhor, Tu és a minha alegria e eu preciso!! Deus da minha vida fica comigo, sou a Sua casa, mora em mim. Deixa eu Te dizer o que eu preciso, Pai. Eu preciso do Senhor!!

Pai, estou confuso, não por tua causa, mas por causa dos teus "seguidores".

Cristãos, não há mais segredos pra esconder, por que complicar a verdade? Que adianta apontar o caminho e seguir outra direção?
Quando mundo tenta nos enxergar, será que vê o que realmente somos? (ou o que deveríamos ser)
Eu sei que pra falar do amor tenho de aprender a repartir o pão, chorar com os que choram e me alegrar com os que cantam senão ninguém vai me ouvir.

Mas... Se a verdade é tão simples, onde erramos? Ou o que deixamos de fazer? Se não há mais segredos, por que complicamos?

Poucos entendem a verdade!

Cristãos, pra fazer diferença não basta ser diferente. De que modo eu mudo a história? Com discurso ou com ação? O que na verdade somos?

E você que não é cristão, o que você vê quando me vê?

Filhos de Deus (TODOS NÓS, CRISTÃOS E NÃO-CRISTÃOS), se o mundo ainda é mau o culpado está diante do espelho!

Cristãos, pra que serve a luz que não acende? Não ilumina a escuridão!

Deus, vejo tanto sofrimento e dor, e fico revoltado, não com o Senhor, mas com os surdos!

Aprendi que Deus sussurra em nossos ouvidos por meio de nosso prazer, fala-nos mediante nossa consciência, mas clama em alta voz por intermédio de nossa dor; este é seu megafone para despertar o homem surdo.

São nessas horas que eu me lembro que o sofrimento é um megafone, é Deus pra mim gritando que eu não sou o super-homem, que eu sou de carne e osso, que eu vou passar sufoco.
Vou fazer o quê? Não vou esconder meu choro. Às vezes é mais fácil fingir, eu sei, fazer de conta que tá tudo bem que tá tudo zen, disfarçar que não tem nada dando errado, mas eu não sou o superman.

Deus, se não fosse por Você eu jogava a toalha, tenho visto tanta coisa errada nesta estrada. Muito falso herói se achando o tal, iludido com aplausos, elogios... com o pedestal. Até eu já vacilei, dei bobeira, viajei. Esqueci que levo tombo como qualquer um, esqueci que levo tombo, esqueci que sou normal.

Afinal, alguém aqui é normal? Eu sou diferente, igual a todo mundo!

Deus, sem Você eu não sou ninguém!

Eu vou insistir em Te acompanhar, haja o que houver, acredite quem quiser, mesmo tropeçando eu tô aprendendo, tô descobrindo que pra tudo existe um tempo, por isso eu tô na luta, tô sobrevivendo. São nessas horas que eu me lembro que às vezes eu machuco, às vezes me machuco explodindo por fora, explodindo por dentro. Mas eu tô aprendendo, tô aprendendo...

Afinal eu sou um cara comum que também leva tombo como qualquer um, que tropeça, levanta mas não sai da dança. TROPEÇA, LEVANTA MAS NÃO SAI DA DANÇA!

Perdoa-nos, ó Deus! Somos muitos e muitos e muitos semeando mais o mal do que o bem. Perdoa-nos, ó Deus! Pois o mal que semeamos tem se virado implacavelmente contra nós. Perdoa o sangue derramado sobre a terra desde Abel.

Junte, ó Deus, nossos ossos secos, sopra a vida mais uma vez

Nos perdoe, ó Deus pelo imperialismo, o nazismo, o comunismo, o capital selvagem, impiedoso, inescrupuloso, a escravidão... a religião... Sempre querendo te domesticar, te encaixotar, te fazer de empregadinho. Perdão, por tanto fariseu se dizendo filho teu que não convenceu, que só dividiu, levando muita gente boa pro covil.

Nos perdoe, ó Deus, pelo terrorismo, o holocausto, a pornografia, a pedofilia, a mentira! O dinheiro mal adquirido e mal repartido, a discriminação racial, social, irracional...

Nos perdoe, ó Deus!


Essa tem sido minha oração de todos os dias, claro que não vem de mim essas palavras, como gostaria que fosse, sábias palavras, mas ainda não cheguei a esse nível. rsrsrsrsrs...

São de músicas de Talles Roberto, Fruto Sagrado e uma frase de C.S. Lewis, com pequenos comentários de Eliab Alves Pereira. rsrsrsrrs...
Mas com toda sinceridade do meu coração essa tem sido minha oração diária, dentre tantas, porque nada que eu cosiga falar pra Deus, sobre o que eu realmente sinto nos últimos dias, se expressa melhor do que essas palavras. Cada letra, vírgula e ponto.

Achei que seria interessante compartilhar isso com vocês. E eu peço pelo AMOR DE DEUS, pensem em tudo isso.

Em nome de Jesus, Amém.

Antes de qualquer comentário, já quero deixar respondido um comentário que eu penso que alguém vai colocar. A resposta é: SIM! Estou generalisando SIM! Tanto TODOS os Cristãos quanto TODOS os não-cristãos. Isso diz respeito a TODOS.

Lembre-se: se o mundo ainda é mau o culpado está diante do espelho!
Abraço,
Eliab Alves Pereira

Por que só vivemos em tempos de colheita?


Foi a pergunta que fiz ao ir a uma igreja num culto noturno de domingo, em que lidei com a seguinte frase, dita pelo locutor da noite, em cima do púlpito: “Este ano será o ano de colheitas”.
É tão engraçado o quanto temos ouvido isto nas igrejas do Brasil a fora, é tempo de colher, é tempo de abundância, é tempo da plenitude, é tempo de prosperidade, etc.

É tão simples entendermos o fato de que só colhemos quando plantamos!

Agora responda-me: quantas vezes você já ouviu alguma igreja por aí dizendo “É ano de plantar, é ano de trabalhar, é ano de sofrer por Cristo”? Talvez nunca tenha ouvido porque, assim como grande parte do atual evangelho, só queremos ver nossas igrejas cheias de pessoas – e não cheias do Espírito.

Na Bíblia há uma passagem que diz “Toda planta que Deus não plantou será arrancada” ( Mt. 15:13), ou seja, não haverá colheita se não plantarmos. Nada acontece se não houver uma ação. E se não for de Deus, “será arrancado”, como diz o versículo acima.

É uma regra: sempre queremos ter nas mãos, mas nunca estamos dispostos a trabalhar por aquilo – sempre há tempo para alcançar vitórias, mas nunca para batalhar por elas.
Não quero passar uma imagem de julgamento por estas manifestações, mas também não posso ficar calado vendo tudo acontecer. Sendo omisso, preso dentro de uma cabine espiritual onde nada está acontecendo de errado, pois tudo está bom – zona de conforto mata!

Ouvi naquela mesma noite mais duas coisas que me chamaram atenção: “Deus não quer que pensamos em outra coisa a não ser a colheita” – vociferava o pregador. Incrível esta afirmação! Então Deus só quer que estejamos bem, que só ganhemos coisas a custa Dele – só as bênçãos! E os necessitados? E os presos? E os famintos? E a caridade? E a misericórdia? E o evangelismo? E a atuação missionária? E aqueles que estão perdidos no mundo, e nada temos feito por eles? E a intercessão? Baseado na afirmação do irmão em cima do púlpito, Deus só quer que fiquemos de braços abertos pra receber o que Ele tem para dar – e sempre são coisas do tipo: carro, casa, dinheiro, sucesso… lá se vai a sua salvação.

Em segundo lugar, ouvi o irmão perguntando “por que é tempo de colheita?”, e logo a minha frente outro irmão responde “Por que merecemos”. Naquele momento me veio uma vontade de colocar para fora tudo que ingeri naquele mesmo dia. Ao ouvir isso, ele criou uma imagem de que somos merecedores de tudo… será?

Então podemos rasgar nossa Bíblia, meu povo! Tudo o que ela falou como “tereis tempo de aflição, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”, simplesmente não existe mais. Podemos apagar as luzes e ir embora. Sinceramente, fica aqui minha revolta.
E é por essa e por outras que eu odeio religião.

Por Felipe Nogs

Maravilhosa Graça

Em meu livro O Jesus que eu nunca conheci, contei uma história verídica que muito tempo depois continuou me perseguindo. Eu a ouvi de um amigo que trabalha com pessoas marginalizadas em Chicago:

Uma prostituta veio falar comigo e contou que passava por terríveis dificuldades: sem lar, doente, incapaz de comprar comida para sim e para a filha de 2 anos de idade. Entre soluços e lágrimas, contou-me que estivera alugando a filha - de apenas 2 anos de idade! - a homens interessados em sexo pervertido. Ela ganhava mais alugando a menina por uma hora do que poderia ganhar ela mesma em uma noite. Tinha de fazê-lo, dizia, para sustentar o vício das drogas. Eu mal aguentava ouvir sua história sórdida. Em primeiro lugar porque me sentia legalmente responsáel, tendo de denunciar casos de abuso contra crianças. Mas naquele momento eu não tinha ideia do que dizer àquela mulher.

Finalmente, perguntei a ela se nunca havia pensado em ir a uma igreja para pedir ajuda. Nunca me esquecerei do olhar assuatado que vi em seu rosto. "Igreja!", ela exclamou. "Por que eu iria a uma igreja? Eu já me sinto terrível o suficiente. Eles vão me fazer sentir ainda pior.
"

O que me impressionou na história de meu amigo é que mulheres muito parecidas com aquela prostituta procuraram Jesus, não fugiram dele. Por pior que uma pessoa se sentisse a respeito de si mesma, ela sempre o procurava como um refúgio. Será que a igreja perdeu esse dom? Evidentemente, os desvalidos que recorriam a ele quando vivia na Terra já não se sentem bem-vindos entre os seus discípulos. O que aconteceu?

Philip Yancey - Maravilhosa Graça

Quais mulheres são livres da escravidão dos olhos dos homens?


Lembro-me de, em um domingo à tarde, ver no programa do Faustão, após uma rápida reportagem mostrando como viviam as mulheres no Afeganistão, o apresentador trazer uma burca e vestir em uma das dançarinas do programa. Todos ficaram indignados ao ver como uma mulher tinha que se vestir naqueles países de religião muçulmana. Alguns entrevistados falavam: “é um absurdo uma mulher ter que se submeter a este tipo de veste por causa de uma religião (sociedade)” e uma mulher que estava perto de mim falou “elas se tornaram escravas por causa dos olhos dos homens”.
Mesmo não concordando de forma veemente com o jeito de vestir que a religião/Estado exigem das mulheres mulçumanas, pensando bem, não sei se o Brasil é muito diferente do Afeganistão. Acho que são dois lados de uma mesma moeda!
Em países de religião/Estado mulçumano, as mulheres têm que cobrir o corpo todo até a cabeça. Na maioria das vezes só ficam os olhos de fora, e que olhos! Isso vem de regras oficiais do Estado e da cultura local.
Eu sempre entendi que, na história, as mulheres “pagaram o pato” por causa dos homens. Por causa dos olhos, ou melhor, da mente dos homens, quem tinha que mudar era sempre a mulher. Até porque, Jesus não falou: se o teu olho te faz pecar, arranque o que você viu e te tentou e, olhe de novo!
Lembro-me de um acampamento, quando era adolescente, onde as meninas só podiam ir para a piscina de maiô e camiseta. Eles alegavam que se não fosse assim, estariam induzindo os homens a pecar. Na entrada da piscina tinha uma placa grande: Só é permitido roupa de banho de uma peça (maiô)! Eu e os meus amigos brincávamos: Eba! Então vai ter topless!!!
Mas por outro lado, temos que entender que esta escravidão das mulheres por causa dos olhos dos homens pode refletir de outra forma.
Voltando ao programa de TV, como era patético ver as outras dançarinas seminuas, indignadas por existirem mulheres que se vestem daquele jeito por causa de uma sociedade machista que imprime na mulher o jeito que ela tem que se vestir para ser aceita. Elas mal perceberam que aqui no Brasil a base do problema é a mesma, só que se reflete de forma contrária.
Dançarinas de programas de auditório, cantoras de bandas de axé, “funkeiras”, atrizes nuas na Playboy e uma infinidade de profissões, refletem a escravidão da mulher no Brasil que tem que mostrar o corpo para ser valorizada. Não percebem que a sociedade capitalista machista em que vivemos, fala com palavras bem claras: Mulher boa é mulher que tira a roupa!
Quando a dançarina do Faustão tirou a burca e ficou com sua sainha minúscula e seu bustiê, aí sim todos nós sentimos que ela voltou a ser livre de novo, livre de ser uma escrava dos olhares dos homens, livre de uma sociedade machista escravizadora.
Mas parando para pensar, lá no fundo da alma, me pergunto. Será mesmo?

[Artigo escrito originalmente para o www.sexxxchurch.com]




Paradoxos

Muitos relógios em volta, mas sempre nos falta o tempo
Muitas bocas e gargantas ao nosso redor, mas sempre nos falta a voz para o protesto
Muita gente ao redor, mas a sensação de ser só é expansiva sempre
Muitos contatos, mas poucos amigos e quase nenhum irmão
Muitas informações, mas sempre poucas leituras e quase nenhum conhecimento
Muitas formas de olhar e perceber, mas quase sempre enxergarmos o óbvio
Muitas preces e rezas, mas pouca fé
Muita luz, entretanto há muitos ainda que vivem uma vida apagada
Diminui-se a distância e aumentou-se o vazio
A inteligência nos afastou da simplicidade
A falta de simplicidade nos conduziu ao orgulho
O orgulho nos levou a ignorância
E a ignorância não nos permite entender o mistério do paradoxo
Se cura mais, mas muitos morrem sem cura
Se tem mais, mas muitos vivem sem ter nada
Poucos que têm muito, muitos que têm pouco e vários que não têm nada
O que é lixo pra alguns, tornou-se alimentos de outros
O que é festa para uns, para outros é luto
Mas quem compreenderá?
“E quem entenderá essa contradição de dores?
Não se entregar é a morte do amor.
Se entregar é a morte do amado”
Paradoxo.
 

Antes do ônibus passar!

Dois homens estavam discutindo calmamente um tema sobre pontos de vistas diferentes. O tema abordado na discussão era pós morte e as posições se derivavam a partir de dois pensamentos. O primeiro, defendido pelo homem de crença ortodoxa, era que após a morte o homem seria entregue a um dos dois estados que são Sofrimento Eterno e Alegria Eterna. O acesso a ambos seria reflexo de sua vida antes da morte. A segunda posição era defendida por um homem laico e que levava em seu pensamento a idéia de que após a morte o homem some, continua a sociedade e o seu legado, mas ele mesmo some e se transforma em nada.

A discussão dura minutos que tardam a passar. Mas ao olhar no final da avenida, o homem de crença ortodoxa, vê o ônibus se aproximando. Ele, querendo pôr um fim na discussão e uma dúvida em seu companheiro, pergunta:

- Ta ok. A sua certeza de que após a vida não existirá nada não abala a minha certeza de que a vida continua após a morte. Entretanto fico com uma indagação curiosa.

O homem laico, pergunta com os olhos arregalados:
- O que te preocupas?

- Se ao morrer eu me deparar com o resultado da minha crença, então ficarei feliz, pois vivi de tal maneira crendo de todo o coração que realmente a vida não termina com a morte e, dessa maneira, receberei o prêmio que é a Alegria Eterna. Se, porém, após a morte, eu me deparar com o nada, e, realmente, compreender que você estava correto, então, não perderei a vida que vivi ou a crença errônea que cri, pois isso de nada me valerá já que me transformei em nada. Mas o que me intriga é se você morrer e eu estiver com a razão. O que será de você? Alegria Eterna ou Sofrimento Eterno?

Deus, o que acontece comigo?


Por que me deixas aqui, sem falar, sem se manifestar?
Já não me recordo mais da última vez que orei debruçado em seus pés, ou até mesmo da última vez que chorei pela dor que senti por tua palavra ter separado a minha iniqüidade da sua santidade.
Já não vejo mais os dias com brilho, tudo o que está diante de mim são meus pecados, eles se tornam mais pesados a cada passo, já fazem parte do meu corpo, da minha mente, do meu coração. Aparta, Senhor! Livra-me!
Por que ainda permites que eu faça o que faço, sendo que não sou eu, e sim minhas máscaras, meus personagens. O que dói é que eu sei que ninguém percebe, mas o Senhor sabe, conhece, pois sonda todas as minhas intenções e sabes que nelas não há bons caminhos.
Como me distanciei tanto assim, Senhor? Por que deixaste-me sair de seus caminhos? Por que devo caminhar só?
Apareça, Deus, como aparecestes encarnado em Cristo aos discípulos no caminho.
Apareça, Cristo, como aparecestes numa forte luz a Paulo o grande servo de Deus.
Apareça, Espírito, como aparecestes aos discípulos dando-lhes dons e intrepidez.
Apareça, Deus, para que não volte ao conforto da velha aldeia.
Apareça, Cristo, para que eu não caminhe rápido na direção contrária.
Apareça, Espírito, para que meus dons e intrepidez sejam usados para honra e glória de nosso Senhor e Salvador.
Dai-me força, dai-me fé, dai-me graça.

Jesus era lutador de Jiu Jitsu



Eu pratico Jiu Jitsu há mais de um ano, me indentifiquei muito com essa arte marcial. Sempre gostei de praticar esportes, mas o Jiu Jitsu foi o esporte que tomou o lugar dos outros. A sensação de poder subjugar um adversário maior do que você sem ao menos machucá-lo, desperta em mim um sentimento muito massa.

Mas, Jesus realmente lutava Jiu Jitsu?
Como falei, o Jiu Jitsu pode presentear você com a capacidade de vencer o seu oponente sem precisar machucá-lo. Jesus Cristo utilizou-se muitas vezes desse benefício em sua jornada de ministério! Não precisou usar Arm Lock, Triângulo ou alguma Raspagem para subjugar seus opositores. Mas foi o melhor dominador de emoções que esse mundo já teve. Imobilzou os fariseus quando tentavam desesperadamente nocauteá-lo com os golpes da lei, finalizou o orgulho plantado na mente de muitos dos seus seguidores, subjugou a hipocrisia dos mestres "sábios", raspou o preconceito ao andar com as pessoas mais simples da sociedade, e o melhor de tudo, foi o melhor treinador de "Jiu Jitsu" que existiu! Passou para seus discípulos os melhores treinos que alguém pode ter, treinavam diariamente. Constantemente os discípulos o desapontaram, mas demonstrando uma paciência sublime os corrigia sem puni-los.
Jesus não utilizou-se de golpes fisicamente contundentes para subjugar seus perseguidores, mas os golpeou no lugar onde as marcas tornam-se indeléveis, na alma. Sua inteligência na hora de resolver situações que o colocavam em risco pertubava os seus opositores, sua mansidão na hora de ensinar finalizava qualquer confronto emocional ou crise existêncial que atormentava seus ouvintes. Sua tolerância com as pessoas humildes que o cercavam apagava com um só golpe qualquer tipo de preconceito exercido pelos seus seguidores que aprendiam com seu exemplo.
Dessa forma, Jesus venceu (sem ao menos "tocar" neles) os inimigos que lhe perseguiam e que tornam-se os maiores problemas existênciais na vida do ser humano, a inveja, o orgulho, a tristeza, a calúnia, a hipocrisia, entre outros.
Com isso concluo que Jesus Cristo foi um exímio lutador de Jiu Jitsu, lutou bravamente contra os inimigos da nossa alma e continuou incólume, foi o melhor e único lutador de Jiu Jitsu almático que já pisou nesse mundo.
Quantos lutadores almáticos levantar-se-ão agora heim??
Quero só ver viu?

Obrigado Jesus Cristo por ser um exemplo a ser seguido na "Arte Suave".

Notas:
(Jiu Jitsu significa: Arte Suave)
(Arm Lock : Chave de Braço. É um dos golpes usado no Jiu Jitsu)
(Triângulo - É um golpe de estrangulamento usado no Jiu Jitsu)
(Raspagem - É quando você inverte o jogo da luta com alguma ação. Ex: O adversário está por cima de você e você criar uma situação para inverter o jogo e ficar por cima dele)


Abraço,
Eliab Alves Pereira

Por favor, deixem a vagina no Pedestal!

Se você ao ler esse título se assustou, ou até mesmo se escandalizou, não se preocupe, pois seu susto é fruto de um conservadorismo de séculos passados. Não quero dizer que você é antigo ou atrasado, pelo contrário, apesar da nova época vigente, você preservou valores das épocas passadas onde a vagina era um órgão altamente respeitado e valorizado. Na verdade, pronunciar vagina, o nome dado ao aparelho reprodutor feminino, era algo baixo e desrespeitoso. Esse órgão o qual não se podia nem nomear era tão respeitado que alguns maridos mesmo após o casamento não podiam nem vê-la, muito menos tocá-la. Muitas mulheres morriam por infecções vaginais, pois a idéia de ir a um ginecologista expor suas partes intimas era altamente desonrosa e detestável.

A vagina estava no mais alto pedestal, não só da moralidade religiosa como da própria moralidade social. Associada a figura vagina, estava a figura da mulher, que juntamente com seu órgão reprodutor ocupavam um lugar de honra e respeito perante os homens. Estar no pedestal significa estar em um lugar de respeito e honra, em um lugar de admiração, de preservação. Era assim com a vagina, era assim com a mulher.
As épocas mudaram, a vagina desceu lá de cima e ficou bem em baixo, e bota baixo nisso. Saiu do cinturão de castidade e ficou amostra nos outdoors das cidades, na televisão, nas revistas e jornais, nas saias curtas, no biquíni cavado. Ela recebeu novos nomes (não vou citá-los por respeito a vocês), apelidos, adjetivos carinhosos. Saiu do anonimato e foi para boca do povo, dos jovens, dos velhos, dos casados, desquitados e até das crianças.

Juntamente com a decida da vagina do pedestal, a figura feminina também desceu. A mulher foi banalizada, tornou-se objeto de consumo barato de tarados e insaciados sexualmente. A mulher tornou-se vulgar, perdeu sua figura de santa, de pura, tornando-se sinônimo de sexo, prazer e consumo. Infelizmente, isso se reflete até nos casamentos, onde muitas vezes o marido só enxerga a parceira como maquina de prazer sexual, esquece do carinho, do cuidado, da amizade, das conversas, do romance, importando-se somente com o objeto mais cobiçado do mundo: a vagina.

O que ouvimos e vimos nos funks, nas danças, nas revistas, filmes, palavrões, piadas, é fruto dessa banalização e desvalorização da mulher e de seu aparelho reprodutor. Essa sociedade precisa aprender que para avançar no tempo não é preciso avançar nos princípios e nos valores. Entrar em uma nova época não significa anular os ensinamentos da outra.
Por essa razão, eu peço: Por favor, deixem a Vagina no Pedestal!
Por: Calebe Ribeiro

Antes de deitar vá se masturbar!


Esses dias estive conversando com o meu grande amigo Pr. Marcos Botelho, e em nossas conversas acabamos descobrindo a nova campanha publicitária do mercado: Fazer você se masturbar antes que acabe o seu dia!

Chegamos a essa conclusão após analisarmos centenas de comerciais, baner, fotos, roupas e folhetos que recebíamos e víamos no aeroporto.

Mulheres de biquíni, roupa decotada, seios e bundas totalmente a exposição, poses eróticas, roupas sensuais, olhares certeiros, convites promíscuos e outras milhares de formas de excitação visual. Tudo isso em apenas um dia!

Certa vez em uma aula com o Pr. Jasiel Botelho, lembro-me que ele disse algo interessante: “Hoje o mundo masturba o homem.” Ele estava totalmente certo.
Em tudo é possível observar um apelo sexual, mesmo que não tenha nada a ver com o produto que está sendo mostrado, o importante é atrair a atenção das pessoas, e para fazer isso nada melhor que mexer com a libído de cada um.

Por outro lado, vemos o discurso da igreja aos jovens e adolescentes pedindo para não transarem antes do casamento, ou não se envolverem com pornografia. Tentando de diversas maneiras impedir que a sua juventude seja contaminada com esse tipo de coisa.

Não existe um dia em que abro o meu Outlook e não tenha lá um email com uma foto erótica. Toda vez que entro no twitter me deparo com um fake de uma prostituta. No meu orkut sempre vem um vídeo do youtube com uma mulher seminua na tela. Quando ligo a televisão vejo o comercial de pneus mostrando uma bela loira. Ligo o rádio e ouço um funk com as maiores baixarias possíveis. Vou à igreja e vejo irmãs com decotes, gestos sensuais e roupas apertadas. Percebo que até minha mente está impregnada de imagens eróticas e de pensamentos maliciosos ou dúbio. Diante disso me pergunto: Como é possível passar um dia com tanto apelo sexual sem ceder ao prazer da masturbação ou do sexo ilícito?

Talvez a alternativa mais fácil é taxar uma lei, ou citar um versículo e esperar que os adolescentes e jovens cumpram isso. Mas seria uma irresponsabilidade tamanho ato, pois antes de remediar, acredito que é necessário conhecer o problema que se está enfrentando.

Uma certeza eu tenho: Os apelos sexuais não vão sumir tão cedo e nós também não deixaremos de vê-los tão facilmente.

Eu ainda não encontrei uma resposta para essa questão. Mas sei que é uma luta diária, há dias que se ganha, há dias que se perde. Sei também que se abro uma brecha aqui, acabo escorregando lá na frente, pois a decisão deve vir antes do prazer, se for ao contrário, saiba que será impossível decidir algo.

Se por acaso você caiu, então se levante e tente não cair novamente.
Se por acaso tropeçou, então se levante e continue a correr.
Se por acaso você deitar, que seja para dormir e não para se masturbar!

Alforria-me


Como agradar ao meu senhor, se minha conduta contrapõe os meus pensamentos?
Pode haver um agir correto proveniente de uma mentalidade não convertida?
Meus pensamentos não são Teus, antes fossem, e aí sim seria um escravo submisso, mas por ser feito livre pra pensar, percebo que minha mente ainda não foi cativada a ti, meu Senhor.
Sendo assim tornei-me o mais hipócrita dos servos, pois sujeitei a ti o meu corpo, mas tornei minha mente rebelde. Aquilo que aparento ser eu te entreguei, mas aquilo que sou na verdade ainda não abri mão.
Por isso escrevo-lhe esta carta, peço por alforria.
Não quero ser livre de ti, mas sim de mim. Quero libertar-me das correntes que me prendem e que me fazem ter a sensação de andar com um peso em meus ombros. Quero liberdade daquilo que me prende e me impede de ser totalmente preso a Ti.
Quero ser preso eternamente em seu amor, em sua bondade, em sua mansidão, em seu juízo e em sua graça. Não quero outro dono, senão o Senhor. Não quero outro reino, senão o seu e não quero outra vida, senão a sua vida em mim.
Carrego em meu coração a vergonha de não ser um servo submisso, vergonha de por tantas vezes fugir de Ti. Fujo daquilo que quero, mas daquilo que desejo fugir prendo-me cada vez mais. Quando me ofereces vida quero morte, quando percebo a morte clamo por sua vida.
Por que me fizeste livre se o segredo da vida é tornar-se preso ao seu amor?
Meu coração descansa sabendo que observarás não as palavras de minha carta, mas sim os sentimentos contidos por trás de cada letra.
Fizeste-me preso ao amor, porque tornastes a vida livre o seu segredo!
Liberta-me, mas não de Ti e sim de mim.
Livra-me de ser livre, se liberdade for se afastar do teu amor.
Converta minha mente, para que seja teu por completo e não por aparência.
Sou teu escravo e só Tu és meu Senhor!

Uma igreja criativa ou evangelização criativa?

Você já percebeu que em nome da “evangelização” se pode quase tudo? Comecei reparar isso faz um bom tempo.
Na maioria das igrejas ainda a dança não é bem vinda, não a vemos nos cultos e nem nos ambientes eclesiásticos como festas e confraternização dos crentes. Mas é só marcar um evangelismo em alguma escola, que montam, ou pior, convidam, uma equipe de dança para fazer uma apresentação e chamar a turma para ver que não somos diferentes dos outros a não ser na mensagem.
Fazemos isso também com o teatro, vemos de forma rara teatro na igreja, tirando, é claro, a sala de criança (ai que inveja delas), mas é só marcar um evangelismo em uma praça que ensaiamos uma peça, usamos roupas e até maquiagem para mostrar que a criatividade e a arte podem apontar para Cristo.
E assim várias outras formas de arte e costumes são “justificadas” com a evangelização: Os palhaços com muito humor, música “secular” para falar de um assunto, filmes, contadores de histórias, poemas, sk8, pintura, um grupo tocando tambores, já ouvi até tatuagens sendo justificadas por que uma pessoa viu a cruz e perguntou o que era e o tatuado pode testemunhar de Cristo.
Se a sua igreja não deixa você fazer algo, tente justificar que é pra evangelismo que você vai ver que da certo, quase sempre relevam.
Parece que algumas regras, métodos e formas criadas para a igreja não se aplicam a evangelização, assim cria-se uma “brecha” para poder ter ministérios paralelos à igreja, mesmo sendo, no fundo, da igreja.
Este tipo de regras é incoerente, mas quero dar outro foco agora e não nas regras.  Preciso fazer duas ressalvas: 1- Eu discordando da maioria dessas regras de uso e costume e acredito que são opiniões de pessoas que estão na liderança. 2-Acredito que se a pessoa decidiu congregar em uma igreja, ela tem que respeitar a liderança local e suas regras.
Quero falar sobre esse Evangelismo Criativo.
Por muito tempo estudei e corri atrás de um evangelismo criativo, pois queríamos atrair o maior número de pessoas possíveis para ouvir o que tínhamos para falar e mostrar que podíamos ser descolados também.
Foi quando percebi que corremos o risco de estar fazendo uma “propaganda enganosa” para os que não conhecem a igreja, pois cara que fosse atraído com aquela apresentação e mensagem, quando chegasse na igreja pensaria: “essa igreja não é a mesma que eu vi lá na minha conversão”.
Mesmo o Cristo sendo o mesmo, aprendemos a ter uma forma para evangelizar e outra como vida em igreja.
Não acredito mais em Evangelismo Criativo, acho que pode ser um tiro no pé, acredito em igreja criativa, que vive as multifaces de Deus em sua vida diária e em seus cultos.
Um lugar em que todos possam demostrar seus dons, um lugar onde a gente é surpreendido a cada momento com o que Deus esta fazendo, um lugar com liberdade para a arte aparecer e apontar para o verdadeiro artista, o Criador.
Dessa forma, não vamos mais precisar de um evangelismo diferente do que vivemos, pois é só mostrarmos quem nós somos diariamente: Filhos à imagem e semelhança do verdadeiro Artista, do Criador.

Marcos Botelho

Missão de imposição, transcultural e transgeracional


Na história de missões do Brasil, lemos que os missionários que vieram dedicar sua vida aqui, mesmo muito bem intencionados, na maioria das vezes não distinguiram o evangelho de sua cultura.
Trouxeram a mensagem mais relevante do universo junto com valores culturais sem nenhuma relevância para nós brasileiros. Não conseguiram diferenciar (nem sei se era possível para aquela época) a MENSAGEM dos usos e costumes como ternos, hinos, arquitetura de igreja, liturgia, e até a língua. Lembrando que muitos cultos católicos eram realizados em Latim, pois era a língua ideal para louvar a Deus.
Nas últimas décadas, a antropologia e a sociologia, juntamente com os nossos missiólogos desenvolveram um pensamento mais aprimorado, separando o que em missões era a mensagem do evangelho e o que era a cultura.
Hoje se um jovem que recebeu o chamado bem específico de Deus para ir para um país como, por exemplo, o Afeganistão, pedir um conselho para você sobre o que ele deve fazer antes de ir, você logo responderá:
Cara não é tão simples assim. Você deve estudar a língua deles para passar a mensagem na língua materna deles, você tem que se vestir como eles, comer o que eles comem, frequentar os lugares que eles frequentam, se associe a uma agência missionária que já trabalha lá, faça um curso básico de teologia, ore muito a respeito e comece a levantar sustento desde já!
O jovem talvez se assustasse com o seu conselho, mas para mim e para você é meio óbvio que esse caminho tem de ser feito para não cometermos os mesmos erros cometidos por missionários bem intencionados do passado, mas que deixaram marcas que até hoje são rachaduras culturais que impedem um povo de entender a essência da mensagem.
Esta separação entre a mensagem e a cultura é chamada de missões transculturais, uma missão que transcende a cultura do missionário e do povo a ser alcançado.
Este conceito já esta firmado em nossas mentes, mas com a mudança cada vez mais rápida de gerações, das cidades, do modo de viver e usos e costumes dentro de um mesmo país. Vemos, não mais uma cultura predominante, e sim várias culturas ao mesmo tempo em cada geração.
Hoje já podemos cunhar o conceito de Missão TRANSGERACIONAL, uma missão que consegue separa a mensagem da cultura de uma geração mais velha, como os Baby Boomers com a geração Y.
Será que se algum conhecido seu falasse para você que iria trabalhar com jovens, dedicar seu tempo para passar uma mensagem para esta nova geração, seja na igreja ou mesmo em uma empresa, você daria as mesmas dicas que deu para o moço que ia fazer missões em outra cultura?
Cara não é tão simples assim. Você deve estudar a língua dos jovens para passar a mensagem, aprender as gírias que eles estão acostumados a falar, você tem que se vestir como eles, comer o que eles comem, frequentar o lugares que eles frequentam, se associar a uma agência missionária que já trabalha com jovens, faça um curso básico de teologia, ore muito a respeito e comece a levantar sustento desde já!
Por que seria diferente a nossa resposta? Será que chegamos ao ponto de valorizarmos mais a cultura de outros países ao invés da cultura de nossos filhos? A cultura dos jovens e adolescentes não tem valor?
Se não quisermos fracassar na tarefa de transmitir a palavra de Deus de uma geração para outra, de pais para filhos, temos que quebrar o conceito de que no passado o modo como vivíamos era o correto e o que eles vivem está totalmente errado. Muitas vezes é apenas diferente, mas colocamos como se fosse errado.
Precisamos aprender a separar a MENSAGEM da nossa geração, para que a próxima geração entenda e viva o evangelho no presente, no século XXI, e em sua cultura.
Precisamos de uma consciência urgente de uma missão transgeracional.

Marcos Botelho

Camisa do JovenSapiens

Galera, estarei postando aqui dois modelos de camisa. Um é do JovenSapiens o outro é do GruSoC JovenSapiens. O primeiro modelo é do JovenSapiens.
 
Clique na imagem para ver em tamanho original. E clique aqui para saber como conseguir essa camisa grátis


Ao contrário da camisa do GruSoC JovenSapiens, a camisa do JovenSapiens não apresenta significado algum além da divulgação do blog. Mas como foi dito, ao contrário da camisa do GruSoC JovenSapiens, que vem cheia de significancias. No fim da página estarei explicando esses significados.

 Próximo modelo é o da camisa do GruSoC JovenSapiens.
 Clique na imagem para ver no tamanho original
 

Significado:
As duas cores, preto e branco, representam simultaneamente o lado negro, abandonado e marginalizado da sociedade. Em contra partida, o branco representa todo o conforto e bem estar (em que vivemos). O braço que sai do lado branco até o negro com uma lamparina foi tirado da obra de Picasso "A guernica", que foi pintado para expressar o horror da guerra na cidade espanhola de Guernica. O braço com a lamparina simboliza uma esperança, "um braço amigo" que vai levar um pouco de luz até o caos. Essa primeira parte trata-se da explicação do nosso logotipo, já que o braço com o fundo preto e branco tornou-se nosso símbolo. A explicação já deve estar clara, correto? É isso que resume o GruSoC JovenSapiens. Nós somos o braço que decidiu sair de uma zona de conforto até uma zona de escuridão para levar esperança a quem precisa. E além de levar uma luz, nós queremos ser também o braço que vai ser responsável por mostrar aos que vivem do "lado branco" da sociedade, que existe uma realidade escura muito próxima de nós. A lamparina, além de levar esperança à margem da sociedade, vai mostrar um caminho para ser percorrido por todos que vivem no conforto. Tentando assim, conduzí-los a esse caminho iluminado pelo GruSoC JovenSapiens.

O slogan, "A realidade é surreal; o nosso ideal ainda não é real", que ainda está sendo discutido, se permanece ou não, ficou na frente com uma organização proposital.
A primeira parte "a realidade é surreal" ficou no lado negro. Para mostrar que a realidade que estamos nos referindo é a realidade obscura da sociedade. Em contra partida, "o nosso ideal ainda não é real", ficou do lado branco para mostrar que o nosso "ideal branco" não é real enquanto vivermos com vizinhos precisando da nossa ajuda. Enquanto vivermos olhando apenas para o nosso bem estar, o nosso ideal será simplesmente falso e hipócrita. Nunca será real. Ou melhor, será real apenas em seu mundo utópico.

Na parte de trás, o nome GruSoC JovenSapiens foi formado por uma fonte nomeada de "Vidas Secas".
Vidas secas é o nome do livro de Graciliano Ramos que caracterizava-se por adotar visão crítica das relações sociais, regionalismo ressaltando o homem hostilizado pelo ambiente, pela terra, cidade, o homem devorado pelos problemas que o meio lhe impõe. Acho que deu pra entender porque escolher essa fonte não é?

É isso aew, galera. Ai estão as camisas. Logo mais estarei entrando em contato com a fábrica e repassando para vocês o valor. Vou tentar conseguir o mesmo preço para as duas camisas. Você não vai querer comprar só uma né?