Você sabia que existem estrelas um bilhão de vezes maior do que o nosso sol? Sabia que nossa galáxia, a via láctea, é apenas um borrão de luzes entre outros milhões de borrões espalhados pelo universo? Sabia que o nosso universo pode ser apenas um dentre vários outros universos espalhados dentro de um super-universo?
Há fenômenos tão grandes que deixariam a explosão do nosso sol como um pequeno grão de areia tentando ser percebido dentro do mar. Há ocorrências tão espetaculares a ponto de deixarem qualquer chuva de meteoros parecida com o espirro de um cachorro. Há constelações tão ricas que deixariam a existência de toda a nossa galáxia semelhante a menor faísca produzida pelo atrito entre duas pedras. Já ouvi falar de fatos tão únicos que superam até mesmo a complexidade da existência da vida.
Tudo isso me faz perguntar: Quem somos nós?
Partículas de grãos de poeira cósmica juntas num determinado ponto de um vasto espaço de tamanho incalculável. Se nosso planeta explodisse nesse momento, o universo nem sequer perceberia. Toda a sua existência independe de nós. Sua grandeza nem sequer nota que existe algum ser vivo ou pensante. E nem precisa notar. Cada espaço impenetrável do cosmo existe sem a necessidade de conhecer o homem.
Nossa existência, para o universo, é como a neblina que cai num fim de noite que molha a grama de leve comparada ao vasto oceano. É como uma lanterna de bolso colocada ao lado do sol. Nossa existência, ao lado de toda a existência, é como uma gaiola num mundo onde não há pássaros: desnecessária.
Somos menores do que o tamanho que demos a nós mesmos.
Quem somos nós?
Quem somos nós diante da existência para dizer o que é certo e errado? Quem somo nós para dizer quem deve viver ou morrer? Quem somos nós para definir o Deus correto? Quem somos nós para julgar, mentir, humilhar, escravizar e apedrejar nossos semelhantes? Quem somos nós para guerrear? Quem somos nós para possuir mais do que os outros? Quem somos nós para chamar o universo, o sol, a galáxia, o planeta de nosso? Quem somos nós?
Somos o nada que pensa ser tudo!
Eliab Alves Pereira
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