Ver o invisível

“Pela fé, Moisés, assim que nasceu, foi escondido por seus pais durante três meses, pois viram que o menino era belo e não temeram o decreto do rei. Pela fé, Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha de faraó, escolhendo, pelo contrário, ser maltratado com o povo de Deus em vez de experimentar por algum tempo os prazeres do pecado. Ele considerou a afronta de Cristo como uma riqueza maior do que os tesouros do Egito, pois tinha vista a recompensa. Pela fé, ele deixou o Egito, não temendo a ira do rei, e perseverou como quem vê aquele que é invisível. Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor não tocasse nos primogênitos. Pela fé, os israelitas atravessaram o mar Vermelho, como se estivessem em terra seca. Ao tentarem fazer o mesmo, os egípcios afogaram-se.”

Com paciência e fé, Moisés andou como pastor de ovelhas por quarenta anos no deserto do Sinai porque tinha o Invisível na memória. Suportou reclamações e resistência a frente de um povo rebelde porque seus olhos haviam contemplado o Invisível. Em derredor e a distância havia areias escaldantes do deserto e privações, mas Moisés enxergava uma nuvem de dia e um facho de luz a noite a revelar a glória de Deus!

Qual o segredo de Ester, a judia que se tornou rainha de um império pagão, quando enfrentou seus opositores? Era a visão do Invisível.

O apóstolo Paulo, na cela de uma prisão romana, não sentia as correntes que o magoavam, mas contemplava a coroa da vida e disse: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vida” (2Tm 4:7-8).

De igual modo, como podia Agostinho, no século obscuro em que viveu, ter visto a cidade de Deus? É porque, a semelhança de Moisés, também via o Invisível.


Como podia João Bunyan sonhar numa cela escura com lindo palácio e uma cidade celestial, e depositar esse sonho nas páginas consoladoras da sua obra “O Peregrino”? Muros e paredes de prisões não podem ocultar as visões do Invisível.

Como podia o médico e missionário David Livingstone passar anos no coração da África, sem ver um ente querido conhecido e enfrentar dificuldades e perigos? Ele tinha também a visão do Invisível.
Diante de tudo isso, qual é a visão do que norteia a sua vida e seus propósitos? Para alguns é uma boa educação, com possibilidade de prosperidade e riqueza; para outros, um casamento bem sucedido ou mesmo um bom emprego que garanta sua estabilidade. Contudo, a vida que vale a pena ser vivida e com propósito, é a vida centrada no Deus do Invisível. – MM

Senhor, abre os meus olhos espirituais para que possa ver também o Deus Invisível.


Abraço
Isabel Lopes/ @isabass_lopes

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