O que você precisa saber>BBB e outras Prioridades

BBB eleven. Elevem o nível disso!



Há muito tempo, o Brasil tem passado por uma fase de baixíssima autoestima. Modelos perfeitas compõem um cenário imperfeito. Outra vez um palestrante falava que a Gisele Bündchen adoraria ser parecida com ela depois das maquiagens e Photoshop a ela aplicados. As pessoas querem emagrecer para entrarem num padrão de beleza que não é o nosso e não porque estão preocupadas com a saúde. A mídia é responsável por essa disseminação e as pessoas estão cada vez mais alienadas.
Aí entra o BBB. Corpos esculturais, tatuagens imensas colorindo corpos e fazendo de pessoas comuns, ícones da televisão brasileira. O preço da fama, o preço de aparecer. Se fosse feita uma entrevista com os participantes do reality show, certamente eles próprios não gostariam de estar presos em suas residências. Qual a razão de quererem estar presos e assistidos pelo Brasil inteiro, perdendo, sobretudo, suas respectivas privacidades?
No dia de estréia do programa dirigido pelo famoso e misterioso Boninho – que, de tão desconhecido, escutei um desavisado rapazinho perguntar se o diretor e o apresentador Bial eram a mesma pessoa –, assistimos a inúmeras residências sem o glamour e o conforto da casa “mais vigiada do Brasil”, desabarem na região serrana do Rio de Janeiro, o estado brasileiro mais procurado pelos turistas do mundo inteiro. Vimos famílias serem desabrigadas e perderem seus parentes. Escutamos histórias terrivelmente tristes de pessoas que ficaram sozinhas no mundo para narrarem as dores de perder a família inteira. O brasileiro solidarizou-se com essas histórias e fez mutirões para ajudar, roupas, comida, dinheiro.
O contraste de que somos um país solidário é encontrar pessoas que são fúteis ao extremo, vazias. A preocupação exacerbada com o corpo deixa a mente doente. Desculpem-me os aficcionados pelo BBB, eu próprio, atacado pela gana do dinheiro e da fama, já fui um viciado no programa (as pessoas têm defeitos), mas, felizmente, particularmente e francamente não vejo sentido algum em estar dentro de uma casa. Evoluí. Já assisti a programas em que os ex-participantes disseram, convictos de que estavam falando a verdade absoluta de quem procura um programa como esse, que foi a melhor experiência pela qual já passou. Aí falaram de amadurecimento, evolução espiritual (fico pensando qual foi o momento em que o pessoal estava lá, à procura de Deus ou falando sobre Deus), e outras experiências que Buda, Gandhi e Jesus passaram, sem serem vistos nos realitys shows. Jesus não escreveu uma linha sequer. E até hoje é ovacionado pelos quatro cantos do mundo. Quem foram os participantes do BBB I? Os vencedores? Eu não lembro. O Google talvez lembre.
Qual a diferença que o BBB faz na sua vida? E na de quem está lá? A minha diferença no meu mundo foi encontrar os caminhos possíveis e plausíveis para o meu crescimento e ojeriza a esse programa tão vazio, nesse segmento. Enquanto pessoas gastam seu dinheiro enviando torpedos para eliminar fulano ou sicrano do jogo, há outras pessoas que enviam torpedo para declararem a satisfação de ter por perto pessoas reais, que fazem do dia a dia, a vida melhor.

2 comentários:

  1. Profº, concordo com suas palavras e me entristeço em ver essa dolorosa realidade se expandindo de tal forma que torne o programa a "sensação do momento", e Jesus? Ele não só deve ser como é a sensação e razão de muitas vidas...

    Somos vigiados 24 horas não por câmeras, mais por Jesus. Ao final dessa vida teremos uma recompensa, não em dinheiro falo em algo melhor, vida abundante, VIDA ETERNA.

    JESUS CRISTO

    Isabel Lopes / @isabass_lopes

    Abraço

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  2. Q maaaaaaaassa Isabel. Ótimo ponto de vista! Não tinha pensado nessa relação! Muuuuuuito massa msm! Parabéns aew! Abraço

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