Em busca!

Tornei-me incapaz de dar início a um simples texto que compartilhe meus novos pensamentos. Limitei-me a mim! Não consigo superar-me. Ou, talvez, não queira. Sentar na calçada e ouvir bocas reclamando de tudo, falando da mesma coisa com palavras diferentes, cansou minha paciência! Não quero ser só mais uma voz que reclama de tudo. Não quero falar do que todo mundo, um dia, já falou. Não quero me limitar à reproduzir; antes, produzir. Todo dia banho meus olhos com uma imensurável quantidade de lixo informativo. E minha mente seca ao sol da inutilidade desse conteúdo.

Por que as pessoas se prendem tanto a discutir assuntos tão pequenos? Por que elas perdem tempo impondo seus pontos de vistas sobre assuntos que não lhe cabem? Por que sempre falamos sobre as mesmas coisas? Já reclamamos da política, da religião, da sociedade. O que nos falta? Não seria esse o momento de buscarmos novas aventuras? Por que continuar circulando pelo pedacinho de terra que construímos? Por que não sair em busca das índias torcendo para perder-se no mar? 

Temo ficar acomodado à crítica pela crítica. Temo ser como a criança que chora pelo leite hoje, amanhã e depois. Essa vida minúscula e sufocante aperta minha garganta! Quero voar, mas não para outra gaiola! Quero voar fora da asa, como disse o Manoel de Barros. E lá vem eu com a mania de reproduzir! É disso que estou falando...

O que sobrou depois dos filósofos? O que sobrou depois dos compositores? O que sobrou depois de ontem?

O que sobrou foi eco. Busco as paredes que fazem o som repetir-se em várias vozes. Busco destruí-las. Ou escalá-las!



Eliab Alves Pereira

7 comentários:

  1. Touchе. Оutѕtanding arguments.

    Keep up the great spirіt.

    Check οut my web blog - V2 Cigs Reviews

    ResponderExcluir
  2. Será que hoje é possível produzir?
    Ou tudo que falamos e fazemos origina-se diretamente ou indiretamente de algo já criado no passado?

    Reflita

    ResponderExcluir
  3. O que nós reproduzimos do passado, um dia, foi novidade!

    Perdemos essa capacidade?

    Reflita

    ResponderExcluir
  4. Esse é o ponto. O ponto em que todo guerreiro esbarra em determinado momento, quando bate o cansaço de tantas batalhas, continuar lutando ou se refugiar em algum abrigo seguro e sobreado ao son das ondas vendo a vida passar em brancas nuvens, esperando o resultado das ponderações e discursões de outros. Alguns relamet nascem para ser assim e assim o são mas pelo q conheço vc meu amigo essa fase jaja vai passar kkk e vc voltara aos assuntos pequenos aos conflitos de opiniões e a vontade de mudar as mesmas coias, por que por mais infrutifera q pareça essa existencia, são as pessoas q assim vivem que mudam o mundo e acredito q vc esta entre elas...

    [Daniel Judson]

    ResponderExcluir
  5. Talvez isso aconteça, Daniel, mas, sinceramente, não é o que eu quero. Prefiro provar de outro banquete. Ou até mesmo participar do processo de criação de uma nova iguaria. Essa comida repetitiva já deu nó no meu estômago. Quero apreciar novos sabores e apresentá-los aos famintos de boa comida; aos cansados do lixo oferecido pelas bocas que se acomodaram a reclamar por reclamar. Se sou guerreiro, como você disse, estou cansado de batalhas que perderam o sentido. Aliás, que batalhas têm sentido? Quero largar a armadura e contentar-me com a peregrinação dentro do imenso eu. Lutarei para não retornar a ser o que fizeram de mim! De guerreiro a peregrino; de batalhas sem sentidos a imensa busca de paz dentro do labirintítico eu! Largo as armas e apego-me aos ouvidos, olhares e silêncios!

    ResponderExcluir
  6. Massa...
    Não tenho nem o q argumentar, boa jornada meu amigo..

    [Daniel Judson]

    ResponderExcluir
  7. Acredito que ainda existe possibilidade de produzir algo novo,porém não sei como. Será que tudo é um ciclo vicioso?

    Também estou nessa luta amigo, como diria a música "Aumenta o Volume" da banda Mombojó: "Desperte o infinito em seu olhar"


    Até mais
    abraço

    ResponderExcluir